Foto: Reuters / Wolfgang Rattay

Advogado dos investidores diz que caso se trata de “ação orquestrada”

Acionistas minoritários da Americanas (AMER3) buscam responsabilizar criminalmente a PwC, auditoria que aprovou sem ressalvas as demonstrações financeiras da varejista no último balanço

Para o advogado Daniel Gerber, que representa os investidores, é natural a responsabilização, pois a empresa contábil deveria ter encontrado as inconsistências

“A criminalização dos diretores da PwC gerou um espanto por parte das pessoas, mas isso é comum. Ela é a agente garantidora, dá o selo de qualidade. É por isso que as pessoas investem ou não na empresa”, disse Gerber ao Estadão

Acionistas minoritários da Americanas (AMER3) buscam responsabilizar criminalmente a PwC, auditoria que aprovou as demonstrações financeiras da varejista no último balanço. Para o advogado Daniel Gerber, que representa os investidores, é natural a responsabilização, pois a empresa contábil deveria ter encontrado as inconsistências.

“A criminalização dos diretores da PwC gerou um espanto por parte das pessoas, mas isso é comum. Ela é a agente garantidora, dá o selo de qualidade. É por isso que as pessoas investem ou não na empresa”, disse Gerber ao Estadão.

No dia 11 de janeiro, a Americanas comunicou ao mercado via fato relevante que havia descoberta inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões. Oito dias depois, pediu recuperação judicial alegando dívidas de R$ 43 bilhões, para um caixa de R$ 800 milhões.

“Se fosse um erro de planilha, talvez tenha sido negligência, mas não é o caso. É um rombo de R$ 40 bilhões. A magnitude do problema mostra que estamos à frente de uma ação orquestrada durante anos”, diz Gerber.

Publicado em E investidor (https://einvestidor.estadao.com.br/comportamento/acionistas-minoritarios-americanas-responsabilizar-auditoria)