Decisão afeta inquérito de Geddel, Cunha, Alves e Rocha Loures
BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal (STF) tirou do juiz federal Sergio Moro parte da investigação em que políticos do PMDB sem foro privilegiado foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por, supostamente, integrarem uma organização criminosa que desviou dinheiro público. A decisão foi tomada nesta terça-feira, durante a última sessão do ano do plenário do STF.
Com isso, o processo contra os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha (RJ) e Henrique Alves (RN), o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (BA) e o ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures (PR) será encaminhada para a 10ª Vara Federal de Brasília, comandada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira.
O inquérito mandado para a Justiça Federal de Brasília é o mesmo em que houve denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral), por obstrução à Justiça e organização criminosa.
No entanto, a parte da investigação que diz respeito aos três foi paralisada porque o plenário da Câmara dos Deputados não deu aval para seu prosseguimento. Fachin, então, determinou o envio de parte da investigação para a primeira instância.
A defesa de alguns investigados recorreu para pedir que todo o processo continue no STF e, mais do que isso, fique parado enquanto Temer continuar no cargo. Nesta terça-feira, o plenário negou esse pedido por unanimidade. Mas, por maioria, determinou que o inquérito fosse encaminhado para a Justiça Federal de Brasília, e não para Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
POR ANDRÉ DE SOUZA
Fonte: O Globo

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